O Princípio "A região na qual se encontra actualmente Portugal esteve habitada por pelo menos há quinhentos mil anos, primeiro pelos Neandertais, e mais tarde, pelos homens modernos. Cerca de 10 000 a.C., a Península Ibérica era habitada por povos autóctones sem parentesco aparente com quaisquer outros povos conhecidos, denominados Iberos." Nesta altura ja havia diferenças entre as varias regiões pela penísula iberica.
Mas so se cristalizou as diferenças devido à geografia e a vindas de emigrações de alguns povos para esta região que marcaram perfundamente as bases para a identidade do Norte de Portugal.
Os Nosso Antepassados (CELTAS) Cerca de 1000 a.C. mas provávelmente ainda antes, a região passou a ser habitada por povos Indo-Europeus, de origem Celta que coexistiram com os povos Iberos, habitando regiões distintas da Peninsula Ibérica. Na zona Leste da meseta Central, os povos Celtas mesclaram-se com os povos Iberos dando origem aos Celtiberos, que não se devem confundir com os Celtas Ibéricos (Celtas da Península Ibérica) que em Inglês se denominam de Celtiberians. Vários povos habitavam a Península Ibérica, divididos em três ramos étnico-culturais primordiais: Os Celtas Indo-Europeus, os Iberos de origem desconhecida e os Celtiberos que viviam na Meseta Central. Entre esses povos encontravam-se: os Lusitanos, os Calaicos ou Gallaeci e os Cónios, entre outras menos significativas, tais como os Brácaros, Célticos, Coelernos, Equesos, Gróvios, Interamicos, Leunos, Luancos, Límicos, Narbasos, Nemetatos, Gigurri, Pésures, Quaquernos, Seurbos, Tamagani, Taporos, Zoelas, Turodos. Influências mínimas exerceram os Gregos e os Fenícios-Cartagineses com as suas pequenas colónias-feitorias comerciais costeiras semi-permanentes de grande importância estratégica. Estes últimos dois povos não contribuiram virtualmente para a ascendência dos povos da Península. Os Celtas viviam principalmente na zona Norte e Ocidental da Peninsula enquanto que os Iberos viviam na zona Sul e Leste da mesma. Para uma maior compreensão do tema, é favor ler a versão Inglês, muito mais completa e independente
Suébia
Com o declínio do imperio romano, um nova força politica surge no Norte, que veio resurgissem velhos custumes anteriores a presença romana. Os Suevos eram um dos povos Germanos oriundo da região entre os rios Elba e Oder. O historiador romano Tácito chegou a referir-se a todos os Germanos de além-Elba como "Suevos". Mais tarde, e com outras tribos de diferentes etnias, participam na fundação da Suábia no sul da Alemanha.
Chegam à Península Ibérica em 409, juntamente com outros invasores germânicos – Vândalos, Alanos e mais tarde os Visigodos – afluem ao sul dos Pirenéus e fundam um reino, com capital em Bracara Augusta, o qual, na sua máxima extensão, englobava a totalidade da província da Galécia e a parte norte da Lusitânia, até ao Tejo. O território mais a sul foi ocupado pelos Visigodos. Os Suevos instalaram-se principalmente em torno de cidades como Bracara Augusta (Braga), Portus Cale (Porto), Lucus Augusta (Lugo) e Asturica (Astorga). Em 438 o rei Suevo Hermenerico ratifica a paz com os povos Galaicos e, criando uma aliança com as populações locais, misturaran-se formando um so povo, Regnum da Suébia. Em 448 Réquila morre, deixando um estado em expansão a seu filho Requiário que, sendo católico, vai impor este credo à população sueva. A população urbana da Galécia era já predominantemente católica. A cidade de Braga como capital do reino Suevo e sede episcopal ganha grande importância, a qual ainda hoje é visível no carácter metropolita da sua Sé, primaz entre as dioceses do Noroeste peninsular
Romanização A Galécia (em latim Gallæcia) foi uma província romana na extremidade norte-ocidental da Península Ibérica, que corresponde ao território onde se encontra a cultura Celta na actual Galiza e norte de Portugal. A cidade mais importante e capital histórica era Bracara Augusta, a actual cidade de Braga. Fazia parte da Hispânia Tarraconense, e tinha divisa ao sul com a Lusitânia. A Galécia nasceu política e administrativamente com a invasão romana, embora ao nível cultural já existisse uma unidade regional, liderada por Décimo Júnio Bruto, desde a Lusitânia em território dos "populi castrorum" (as gentes dos castros) ou gallæci (latinização do etnónimo grego "kallaikói"), nome por que eram conhecidas essas tribos do noroeste da Península Ibérica na antiguidade clássica.
Os gallæci/kallaikoi (castrejos) estavam distribuídos em três tribos principais à que corresponde a etimologia celta (latinizada nos documentos clássicos): os artabri, (Galiza); os grovi, (norte de Portugal); os asturi, (Astúrias). Já aparecem documentados os galaicos nas guerras de Lusitânia, trabalhando como mercenários de guerra para o líder tribal lusitano Viriato, contra o Império Romano. D.I. Brutus, depois de conquistar a Gallæcia, rebaptizar-se-á a si mesmo como Décimus Iúnius Brutus Callæcus (o Galego). Dividia-se administrativamente em três "conventus": Convento asturiense, capital Asturica Augusta; Convento lucense, capital Lucus Augusti; Convento bracarense, capital Bracara Augusta;
Reconquista Al-Andalus (em árabe: الأندلس) foi o nome dado à Península Ibérica pelos seus conquistadores islâmicos do século VIII, tendo o nome sido utilizado para se referir à península independentemente do território politicamente controlado pelas forças islâmicas. Com a reconquista dos territórios pelos cristãos, descendentes dos godos, que se refugiaram na região das Astúrias, no norte da península, num processo que ficou designado historicamente por Reconquista, o nome Al-Andalus foi-se adequando ao cada vez menor território sob ocupação árabe-muçulmana, na metade sul da península, aproximadamente a mesma área da antiga província romanaHispânia Bética, cujas fronteiras foram progressivamente empurradas para sul, até à tomada de Granada pelos Reis Católicos. Em 718Pelágio, chefe dos Visigodos, aproveita a desorganização muçulmana e dá inicio a um processo de reconquista dos territórios hispânicos, que iria durar cerca de oito séculos. Não se sabe muito sobre Pelágio: o nome não é gótico: os autores de pequenas crónicas escritas pelo fim do século IX e no X procuram relacioná-lo com os antigos reis visigodos, para estabelecerem uma relação entre os guerrilheiros montanheses e a «restauração» do Cristianismo em Espanha. Um escritor árabe coevo diz que se tratava de um galego. Um historiador moderno supõe que seria um servo que se conseguiu impor aos companheiros no período de crise que seguiu a queda da monarquia; um outro considera-o um nativo das Astúrias; outros autores consideram que Pelágio era duque da Cantábria, parente, segundo a tradição, do rei Rodrigo. Pelágio seria então o chefe daquele heróico grupo de montanheses (ástures e cántabros) que escaparam à dominação árabe da Península, refugiados nas montanhas quase inacessíveis das Astúrias.
É em 722 que ocorre a primeira grande vitória dos Cristãos contra os mouros, na Batalha de Covadonga; dá-se assim a derrota dos muçulmanos. Alexandre Herculano considera que o ardil de guerra que deu a vitória a Pelágio tem muito de comum com aquele que Viriato pusera por vezes em prática, cerca de novecentos anos antes.